Você descobriu recentemente que está grávida e, sem dúvida, sua mente já estará cheia de dúvidas e perguntas.

Algumas delas provavelmente dizem respeito à ocorrência de perdas marrons na gravidez.

Nas próximas linhas, ajudarei você a dissipar todas as dúvidas e a descobrir o que acontece quando elas surgem e quando se preocupar.

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Quando se fala em perdas marrons na gravidez, a primeira causa que pode levar ao seu aparecimento no primeiro trimestre é o implante da blastocisto no útero.

Esse processo, que ocorre entre o sexto e o décimo segundo dia após a concepção e que inclui as fases de aposição, adesão e invasão, pode levar à ruptura de capilares no endométrio.

Trata-se então do chamado falso ciclo que, como já mencionei aqui, ao contrário do fluxo real, apresenta perdas que variam do rosado ao marrom. 

Também as mudanças naturais no colo do útero durante as primeiras semanas podem causar o surgimento de perdas marrons na gravidez.

Estas últimas podem ocorrer, por exemplo, após uma relação sexual ou um exame ginecológico interno.

Existem algumas infecções vaginais que incluem, entre os sintomas, as perdas marrons na gravidez.

Além desse sinal do corpo, também podem estar presentes sintomas como sensação de coceira e queimação.

Outra situação grave a considerar quando se lida com perdas marrons na gravidez é a gravidez extrauterina (ou ectópica).

Emergência médica que, se não for tratada a tempo e com a abordagem correta, pode colocar em risco a vida da futura mãe, ocorre quando o embrião se implanta em uma região anatômica diferente do útero.

Quase sempre, a implantação envolve uma trompa de Falópio. 

Junto com as perdas marrons, também se manifesta como sintoma o surgimento de dor unilateral de caráter agudo.

Caso ocorram perdas de sangue na gravidez por volta da sexta semana, é bom lembrar que a coloração indica um sangramento antigo.

Falamos precisamente do resíduo de uma perda já ocorrida e de material sanguíneo que se oxidou na vagina.

Na base do seu surgimento, nas semanas iniciais do primeiro trimestre, está o não acoplamento embrionário, uma situação que merece atenção médica e que pode requerer, se o médico achar apropriado, a administração de preparações à base de progesterona e a recomendação de repouso.

Trata-se de uma ocorrência que, embora exija atenção, na maioria dos casos se resolve com o progresso natural da gravidez.

À medida que a gestação avança, podem ocorrer várias situações que levam ao surgimento de perdas marrons na gravidez. 

Aqui estão alguns desses casos:

• Inserção baixa da placenta, que se encontra próxima ao orifício do colo do útero.

• Perda do tampão mucoso.

No primeiro dos dois casos listados, é bom lembrar que a situação das perdas marrons na gravidez e da posição da placenta tende a se resolver com o aumento do volume uterino e com o consequente deslocamento da placenta para cima.

Quanto ao segundo, por outro lado, é importante saber que se trata de um quadro absolutamente fisiológico e que pode ser necessário esperar mais alguns dias antes de ver o início do trabalho de parto. 

Se as perdas marrons na gravidez podem ocorrer em momentos como a perda do tampão mucoso - aqui os outros sinais aos quais prestar atenção - nem sempre seu aparecimento é sinal fisiológico.

Existem também outras causas que, no terceiro trimestre ou no termo da gravidez, devem causar alerta e requerem intervenção médica imediata.

Entre elas está a ocorrência - rara - dos vasos prévios.

Em que consiste?

Em um desenvolvimento anormal dos vasos sanguíneos que têm a função de levar sangue ao feto. 

Desenvolvendo-se ao nível do colo do útero, de fato, bloqueiam a passagem do mesmo.

Nas fases iniciais do trabalho de parto, podem sofrer laceração, privando o feto do suprimento sanguíneo necessário para sua sobrevivência.

No período próximo ao termo, as perdas marrons na gravidez também podem ocorrer pelas seguintes causas:

• Descolamento de placenta

• Ruptura do útero

No primeiro caso, é bom lembrar que a quantidade de perda sanguínea pode não dar imediatamente a ideia da gravidade da situação, pois uma parte - mesmo significativa - do material sanguíneo pode permanecer parada atrás da placenta.

Quanto ao segundo ponto, lembramos que se trata de um evento que pode ocorrer em mulheres com útero caracterizado pela presença de tecido cicatricial após uma cesariana anterior ou uma intervenção de miomectomia (remoção de miomas uterinos).