As melhores posições para dar à luz: guia com os conselhos da parteira
Introdução
São muitas as futuras mamães que se perguntam sobreas melhores posições para o parto.
Se você está lendo estas linhas, muito provavelmente essa pergunta faz parte do seu dia a dia.
Perfeito! Nas próximas linhas, você poderá encontrar as respostas que procura.
Para complementar o que você vai ler com informações científicas e precisas, você pode descobrir o videocurso pré-parto “Nascer e Renascer Mãe”, elaborado pessoalmente pela Doutora Maria Chiara Alvisi, a parteira da equipe DrSilva.
Você também quer sugestões práticas para acompanhar o desenvolvimento motor do seu bebê? Nesse caso, pode dar uma olhada no perfil do Instagram @drsilva.com_official.
Qual é a posição correta para o parto?
Perguntar-se qual é a posição correta para o parto significa antes de tudo lembrar que a posição ginecológica ou litotômica, infelizmente ainda a mais comum em muitas instituições, deve ser evitada.
Introduzida pelo Rei Sol, Luís XIV, curioso para observar o nascimento de seus filhos, só traz desvantagens.
Como corretamente aponta a Doutora Alvisi em este vídeo, é confortável apenas para o pessoal de saúde e médicos que assistem ao parto, que podem ter uma visão completa da situação.
Para a gestante e o recém-nascido, por outro lado, pode causar diversos problemas.
Sendo o diafragma da mãe bloqueado, a gestão das contrações que caracterizam o trabalho de parto ativo torna-se no mínimo complexa.
Além do diafragma, o osso sacro também fica bloqueado, o que causa grandes dificuldades quando se fala da passagem do bebê pelo canal de parto.
O diâmetro do mesmo, devido aos joelhos afastados, fica reduzido.
Também é importante lembrar o aumento do risco de luxações do cóccix, problemas relacionados ao períneo, luxações espontâneas e episiotomia.
A clássica ginecológica, por reflexo, nunca deveria ser incluída nas posições para dar à luz.
Esclarecida esta premissa necessária, podemos entrar no cerne das peculiaridades e das vantagens das posições livres durante o trabalho de parto e o parto.
Estas últimas representam, ao contrário, a escolha mais correta a fazer quando se escolhem as posições para dar à luz.

Como ter um parto fácil e rápido: as posições livres
As melhores posições para dar à luz são aquelas que permitem que a mãe desça da maca e fique livre para se mover.
Antes de listá-las, vamos ver quais são as vantagens mais importantes que as caracterizam:
- Nos casos em que se trata de posições verticais, a descida do bebê é favorecida pela força da gravidade. A posição do bebê, de fato, está alinhada com o canal de parto;
- não há problemas de compressão da aorta e da veia cava e evitam-se complicações graves como a comprometimento do nível de oxigenação do feto;
- no caso da posição agachada e da ajoelhada, pode-se observar um aumento do diâmetro da pelve.
Além desses aspectos positivos, as livres podem ser consideradas as posições ideais para parto devido à sua capacidade de contribuir para a redução do tempo do trabalho de parto, tanto na fase de dilatação quanto na expulsiva.
Resposta a ser considerada quando se pergunta como ter um parto menos doloroso, as posições livres permitem reduzir o uso de procedimentos como a já citada episiotomia, oindução por ocitocina intravenosa e a amniorrexe, ou seja, a ruptura artificial da bolsa amniótica.
Neste ponto, só resta descobrir a lista delas e como são classificadas.
Posições livres verticais
As posições para parto livres e verticais são as seguintes:
- Posição em pé;
- posição agachada;
- posição sentada, momento em que se usa o banquinho holandês;
- posição ajoelhada (experimentável, junto com as outras livres, em caso de parto na água).
No primeiro caso, como mostra a Doutora Alvisi no videocurso, pode-se mover o quadril para frente e para trás e, posteriormente, “desenhando” um 8 invertido, exatamente como se fosse o símbolo do infinito.
A posição agachada, que como todas as verticais livres ajuda o bebê a se posicionar melhor na pelve, prevê começar com as plantas dos pés bem firmes no chão e as pontas dos pés olhando para frente.
Se, por causa da barriga, tem-se medo de não ter equilíbrio suficiente, pode-se ter um apoio frontal (por exemplo, um banquinho).
Como alternativa, pode-se apoiar no futuro papai.
Quando se sente pronta, remove-se a ancoragem das mãos, unem-se as palmas e empurra-se sobre os joelhos quase para aumentar a distância que os separa.
O efeito é de agradável distensão na pelve e nos tecidos do assoalho pélvico.
Depois de alguns segundos, pode-se voltar a apoiar as mãos ou pedir o apoio do parceiro.
Uma variante da posição agachada é a suspensa. O suporte, nesses casos, é uma corda pendurada no teto.
As posições com suspensão da pelve favorecem o alongamento da coluna e distendem o períneo.
Em quadros de asinclitismo, uma particular anomalia de apresentação do feto, ajudam no seu reposicionamento.
Se escolher parir em casa, a posição agachada suspensa pode ser aperfeiçoada com o apoio do futuro papai (que sim, deve fazer esforço).
A posição sentada no banquinho holandês, suporte com características ergonômicas, é fantástica, exatamente como o agachamento e sua variante, para otimizar a abertura da pelve e facilitar a passagem do feto pela sua parte mais estreita.

Posições horizontais livres
As posições para parir também incluem as posições horizontais livres. Aqui estão elas:
- posição de quatro apoios;
- posição lateral.
A posição de quatro apoios para parir, particularmente recomendada na fase de dilatação do trabalho de parto, pode ser adotada, sempre cuidando de mobilizar a pelve, nos momentos em que a dor se torna particularmente intensa na região lombar.
Quando sentir a necessidade de alguns minutos para relaxar, pode-se introduzir a fitball, aliada preciosa na preparação para o trabalho de parto durante a gravidez.
Como usá-la? Simplesmente abraçando-a e cuidando para manter os ombros relaxados.
Deixa-se balançar para frente e para trás e depois lateralmente, apreciando a agradável sensação de alongamento da coluna.
Falando da posição lateral - a perna levantada pode ser apoiada nos protetores do berço ou no parceiro - lembramos que é ótima nos momentos de descanso ou no início da fase expulsiva.
Sempre do lado esquerdo, por favor! Dessa forma, é possível facilitar a circulação sanguínea a nível placentário e oferecer ao seu bebê alguns milímetros a mais para a passagem.
Concluo lembrando que, quando começa a saída efetiva da cabeça do bebê, não é obrigatório mudar de posição se você estiver confortável com a adotada durante as contrações.
O foco na percepção corporal e na escuta do bebê devem permanecer, de fato, os pontos de referência centrais.