Antes de começar, deixo algumas informações úteis:

• para começar da melhor forma a jornada da doce espera, recomendo que dê uma olhada no videocurso pré-parto multidisciplinar e no assoalho pélvico, pensado para você pela Doutora Maria Chiara Alvisi, a obstetra do Centro Yule.
  
  
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Vamos começar pelo básico, tentando entender o que é o períneo. 

Para responder a essa pergunta, é necessário tomar como referência o que disse a Doutora Maria Chiara Alvisi, obstetra desde 2013, no vídeo que você pode assistir aqui. 

A Doutora Alvisi especifica que, para entender melhor o que é o períneo, é necessário estar ciente de que a pelve humana é fechada em sua parte inferior. 

O que o sustenta é um verdadeiro conjunto de estruturas, ou seja, o assoalho pélvico. O períneo, que é a sua parte interna, na mulher envolve a vagina, vulva e ânus.

Cuidar dele durante a gravidez e especialmente em vista do parto é extremamente importante. 

Estamos falando de uma área do corpo que, à medida que o bebê cresce, passa por uma transformação nada menos que milagrosa. 

Embora para o trabalho que será feito durante o parto a natureza já tenha preparado, é recomendável treiná-lo da melhor forma possível. Fazendo isso, previne-se o surgimento de traumas e problemas.

 Muitas vezes se pensa erroneamente que as mudanças mais relevantes nessa área do corpo, pouco conhecida nos países ocidentais e principalmente pouco respeitada, ocorrem durante o parto.

Errado! O assoalho pélvico está sujeito a mudanças desde o início da gestação. 

Para exercitá-lo em preparação para o parto, as relações sexuais são uma ótima opção (obviamente nos casos em que não são contraindicadas por razões médicas).

Cola preciosa para o casal em um momento delicado como a aproximação do início da jornada da paternidade, o sexo é um exercício fantástico para o períneo da mulher grávida.

No vídeo linkado nas linhas anteriores, a Doutora Alvisi destaca como as relações sexuais nas últimas semanas de gravidez também ajudam a preparar o colo do útero para a dilatação do trabalho de parto. 

Para cuidar do assoalho pélvico durante a gravidez - não esqueçamos que, durante a gestação, essa área do corpo é muito estressada devido à necessidade de sustentar tanto o peso dos órgãos quanto o do bebê em crescimento - é fundamental reativá-lo.

Sentar-se no chão, em uma superfície rígida e com as pernas cruzadas: este é o ponto de partida para realizar o exercício de reativação do períneo.

Da posição mencionada - atenção, deve-se estar sobre um colchonete ou no chão, evitando a cama ou o sofá - é necessário concentrar-se no próprio corpo, para ouvir como a pelve apoia nos cantos inferiores do osso ilíaco, as chamadas tuberosidades isquiáticas.

Dessa forma é possível identificar a área do assoalho pélvico.

Depois de encontrá-la, sempre na posição sentada, é preciso imaginar mover a vagina, contraindo e relaxando os músculos.

Agora vamos ao ponto principal das instruções para realizar a massagem do períneo.

Muito útil para prevenir o aparecimento de lacerações, requer o assoalho pélvico relaxado, para permitir que as fibras musculares realizem a abertura necessária para a passagem do bebê da escuridão do útero para a luz. 

A partir da 34ª semana de gravidez aproximadamente, a massagem do períneo pode ser feita em várias posições. 

Pode-se considerar a posição semi agachada - como se estivesse sentada no bidê - mas também deitar na cama com as pernas dobradas.

Se possível, durante a gravidez é recomendável fazer uma avaliação do assoalho pélvico, para identificar claramente a área a ser massageada. 

Ainda melhor é fazer com que o futuro papai realize a massagem, pois assim ele tem a oportunidade de entrar em contato com as mudanças no corpo da sua mulher.

Esclarecida esta premissa necessária, lembro que, para realizar a massagem do períneo corretamente, é preciso agir no centro da zona mencionada, fazendo compressões com os dedos limpos e unhas curtas.

As compressões devem ser lentas e profundas, feitas sem soltar a pressão e com o dedo perpendicular.

É essencial não aplicar estímulos bruscos; o risco, ao fazer isso, é provocar uma contração do assoalho pélvico.

Tudo deve ser repetido pelo menos dez vezes - obviamente não se deve contar mecanicamente, pois a massagem deve ser relaxante - realizando deslizamentos laterais para provocar um alongamento dos músculos. 

Chega neste ponto o momento do segundo passo da massagem, que prevê desenhar semicírculos partindo do centro do períneo e seguindo para os lados. 

A parte seguinte é caracterizada pela execução da massagem interna, a ser feita inserindo um dedo dentro do orifício vaginal e exercendo uma contrapressão (o ideal seria fazer dez).

Nos aproximamos, devagar, das etapas finais da massagem (lembro que, no videocurso dedicado que você encontrará ao final do parágrafo, a Doutora Alvisi ilustra as fases em sua totalidade). 

O primeiro destes prevê realizar movimentos na parte interna da vagina traçando semicírculos. 

Para concluir, sempre desenhando semicírculos, concentra-se na parte superior do canal vaginal. Nesta fase, é preciso tomar cuidado para não exercer pressão excessiva, pois trata-se de uma área particularmente sensível. 

A conclusão de todos os passos requer um tempo entre 5 e 10 minutos. 

O uso de um óleo é altamente recomendado durante a massagem do períneo pois permite reduzir o atrito dos movimentos mecânicos.

A alternativa mais famosa é, sem dúvida, o óleo de amêndoas. Atenção: não é o único!

Também podem ser usados o óleo de calêndula e o de hipericão. Este último é rico em fitoestrogênios, que ajudam a tornar os tecidos mais elásticos. 

Concluo lembrando da existência de produtos específicos para a massagem do períneo. 

Na maioria dos casos, trata-se de soluções caracterizadas pela presença de todos os óleos listados nas linhas anteriores.