A dor nas costas durante a gravidez é um incômodo muito comum entre as mulheres grávidas, e pode ocorrer tanto desde o início da gravidez (primeiro trimestre), quanto piorar com o tempo e aparecer no segundo ou terceiro trimestre (como acontece com mais frequência).

A dor lombar nas costas na gravidez é definida em termos médicos como ‘’lombalgia’’, ou seja, dor (algia) na parte baixa das costas (região lombar).

Na grande maioria dos casos, a dor nas costas na gravidez é causada por uma sobrecarga da musculatura lombar devido à grande mudança postural que a mãe enfrenta durante a doce espera.

Somente fazendo um diagnóstico correto dos músculos e das articulações que causam a dor nas costas, é possível tratá-la eficazmente sem recorrer a medicamentos, graças a tratamentos osteopáticos e um bom travesseiro para gravidez.

Antes de ver quais músculos e articulações provocam a dor nas costas na gravidez e como resolvê-la, é importante compreender a causa pela qual a mãe sofre mais frequentemente de dor lombar nas costas neste período tão delicado.

Já poucas semanas após a concepção, o corpo da mulher começa a evoluir.

Essa mudança se deve à variação dos valores de alguns hormônios (estrogênios e relaxina) que favorecem um relaxamento muscular, articular e ligamentar.

O objetivo desses hormônios é tornar o quadril mais móvel e todas aquelas estruturas músculo-articulares da mãe que deverão deixar espaço para o crescimento do bebê e permitir um parto funcional.

Além de um fator hormonal, é fundamental considerar que, mês após mês, as dimensões do útero e do bebê aumentam, acarretando inevitáveis adaptações da coluna vertebral e da postura.

De fato, à medida que a barriga cresce, o baricentro se desloca gradualmente para frente, provocando um fisiológico (mas pesado) aumento das curvas da coluna vertebral, especialmente na parte baixa das costas.

O aparecimento da dor nas costas no início da gravidez e, mais geralmente, nas primeiras semanas e no primeiro trimestre da gravidez, muitas vezes tem uma causa hormonal e uterina.

Deixe-me explicar melhor.

A região lombar, de fato, pode referir dor devido ao útero que, após uma forte mudança hormonal, se contrai e se prepara para o crescimento do bebê; muitas vezes damos isso como certo, mas o útero se prepara para uma mudança incrível de forma e volume no decorrer de apenas alguns meses. 

Para demonstrar como a dor nas costas no início da gravidez ou no primeiro trimestre pode ser devido à atividade uterina, há também o fato de que um dos primeiros sintomas da gravidez pode ser uma leve dor nas costas, também causada pela atividade contrátil do útero, que reage e se adapta à implantação do embrião na espessura da sua mucosa. 

Anatomicamente, o útero está localizado anteriormente à coluna vertebral e seus ligamentos têm contato próximo com os ossos ilíacos e a pelve, alterando a postura e provocando uma possível dor referida na parte baixa das costas.

Também é importante destacar que a dor nas costas que a mulher relata nas primeiras semanas ou no primeiro trimestre da gravidez pode ser causada por um agravamento das contraturas musculares da região lombar, causado pelo relaxamento hormonal e pela atividade uterina.

Neste caso, é fortemente recomendada uma consulta osteopática e um travesseiro de gravidez, para cuidar da sua saúde e da do seu bebê desde as primeiras semanas de gestação.

NB: caso você tenha uma forte dor nas costas no início da gravidez ou ela apareça durante o primeiro trimestre, associada a dores intensas, perdas ou a uma dor que piora, é necessário procurar seu médico ou a obstetra, para excluir problemas mais graves.

Se a dor nas costas no primeiro trimestre pode ser mais facilmente causada por uma súbita variação hormonal e pela atividade contrátil uterina, a dor nas costas que a mãe apresenta no segundo e terceiro trimestres é mais frequentemente causada por uma sobrecarga músculo-articular da região lombar (e não só).

De fato, no segundo e terceiro trimestres, a combinação explosiva que causa dor nas costas na gravidez é composta pelos efeitos corporais dos hormônios (estrogênios e relaxina que já influenciaram amplamente a elasticidade articular e ligamentar) mas principalmente pela barriga que cresce (e que altera a postura da mãe).

Se por um lado os Estrogênios e a relaxina permitem que os músculos e as articulações relaxem para favorecer espaços maiores para o bebê no útero e sua futura passagem pelo assoalho pélvico e pelve, por outro lado reduzem a capacidade de suporte lombar, abdominal e da pelve. 

Devido à elasticidade dos tecidos e ao aumento do peso e volume do bebê no útero materno, da partir da 12ª-16ª semana de gravidez, o centro de gravidade desloca-se gradualmente cada vez mais para frente, provocando um aumento fisiológico (mas pesado) das curvas da coluna vertebral, tanto da lordose lombar quanto da cifose dorsal.

As costas buscam um novo equilíbrio e, para isso, acentuam a curva da coluna lombar empurrando a pelve para frente (hiperlordose lombar). 

Ao mesmo tempo, os hormônios e o aumento progressivo do útero fazem com que a musculatura abdominal se alongue e afine, reduzindo seu papel fundamental de suporte à coluna vertebral.

Essas enormes mudanças posturais podem causar dor na parte inferior do abdômen (especialmente quando a musculatura abdominal não consegue ser suficientemente elástica), dor sacroilíaca pontual, dor no glúteo e dor nas costas (tanto lombar quanto dorsal).

Muitas vezes, não é apenas a parte inferior das costas que sofre, mas também a região dorsal.

Não se preocupe, um bom osteopata e uma almofada de gravidez vão te ajudar muito a resolver a dor nas costas.

O diagnóstico de “dor nas costas” é simples; muito mais difícil é diagnosticar a causa real da dor lombar para tratá-la eficazmente.

Ainda mais se a mulher está grávida, tem uma barriga enorme e não é recomendável tomar anti-inflamatórios (que seriam úteis principalmente na fase aguda da lombalgia). 

A seguir, listo as causas musculoesqueléticas mais frequentes de dor nas costas na gravidez:

• contraturas musculares da parte inferior das costas lombar (musculatura paravertebral e quadrado lombar) que pioram mês após mês, devido às fortes mudanças posturais que a mulher grávida enfrenta durante a gestação.
  
  Frequentemente, as contraturas não se limitam à região inferior das costas, mas frequentemente sobem na coluna vertebral dorsal baixa e dorsal.
   
• rigidez e hipomobilidade articular: limitação do movimento das articulações da coluna lombar, mas também da pelve e do púbis;
   
• dor sacroilíaca: causada por estresse capsulo-ligamentar das articulações sacroilíacas posteriores que provoca um quadro inflamatório com dor pontual na região sacral/glútea.
   
• contraturas da musculatura glútea e do assoalho pélvico que causam dor irradiada na região do quadril;
   
• rigidez da articulação do quadril que se manifesta com dor profunda na região glútea, rigidez no movimento do quadril e eventuais estalos articulares;
   
• artrose vertebral: devido a uma sobrecarga músculo-articular, as articulações da coluna vertebral podem se deteriorar e passar por um processo degenerativo chamado artrose vertebral.
  
  Nada irreparável, mas é preciso estar ciente de que a artrose vertebral limita o movimento articular e predispõe a contraturas musculares.
   
• A dor nas costas na gravidez pode ser causada por uma dor referida provocada por distúrbios intestinais como a constipação ou pode ser causada por contraturas musculares que pioram devido às tensões viscerais anteriores (provocadas por constipação ou distúrbios intestinais).
   
• protrusões discais: Os discos intervertebrais são almofadas compostas por uma parte interna macia (núcleo pulposo) e por um revestimento externo fibroso, chamado anel fibroso.
  
  A função dos discos intervertebrais é sustentar e permitir o movimento correto das vértebras da coluna, sem que elas entrem em contato entre si ou "raspem".
  
  No entanto, devido a uma sobrecarga prolongada ao longo dos anos ou traumas, o disco intervertebral pode se afinar e ficar lesionado.
  
  Quando isso acontece, pode causar dor lombar generalizada; geralmente se manifesta como dor profunda e de intensidade moderada/grave.
  
  Na gravidez, manifesta-se quando a mãe fica sentada por muito tempo e se levanta, tendo dificuldade para se alinhar novamente ou quando a mãe se deita na cama e tem dificuldade para se levantar.
  
  A dor discal está frequentemente associada a dor nas costas causada também por contraturas da musculatura paravertebral.
  
   
• hérnia de disco: a hérnia de disco representa uma piora da lesão discal e da protrusão discal.
  
  Quando o disco intervertebral se afina, o núcleo pulposo interno é comprimido e corre o risco de hérnia, ou seja, de protruir posteriormente com risco de compressão nervosa da medula espinhal ou dos nervos espinhais.
  
  Na fase aguda, a dor causada pela hérnia de disco é aguda e forte, frequentemente agravante; ocorre tanto em repouso quanto durante os movimentos, que podem piorar a dor nas costas.
  
  Após a fase aguda, é fundamental tratar a musculatura das costas para relaxá-la e melhorar a mobilidade articular da própria coluna vertebral para prevenir uma recaída.
   
• dor nas costas por ciática na gravidez: outra causa da dor nas costas na gravidez é certamente a irritação do nervo ciático, da qual deriva o que vulgarmente é chamado de ‘’ciática’’.
  
  O nervo ciático origina-se na parte baixa das costas, na região lombar, passa pelo glúteo e segue pela parte posterior da coxa, panturrilha e pé.
  
  Existem várias causas de compressão e irritação do nervo ciático na gravidez que analisamos mais detalhadamente no próximo parágrafo.

O termo lombalgia indica uma dor na região lombar (parte baixa das costas).

Define-se lombociatalgia (ou vulgarmente ‘’ciática’’) quando a dor nas costas irradia para o membro inferior devido ao envolvimento do nervo ciático, frequentemente provocado por uma hérnia de disco, mas não somente.

Muitas vezes, é chamada de ciática na gravidez aquela dor que, junto com a dor nas costas, irradia para o glúteo ou para a perna mas não é causada por uma compressão nervosa do nervo ciático, e sim por simples contraturas musculares do glúteo e da parte posterior da coxa (facilmente resolvíveis com um tratamento muscular).

O diagnóstico é de competência médica, mas os tratamentos osteopáticos certamente ajudarão a resolver a dor nas costas e a ciática na gravidez.

A seguir, explico como entender se a ciática na gravidez é causada por uma compressão nervosa ou por contraturas musculares (e como tratá-la).

A ciática na gravidez causada pela irritação do nervo ciático é uma das sintomatologias mais difíceis de resolver (mas não impossíveis, pelo contrário) e mais dolorosas para a mãe.

Neste caso, a ciática se apresenta com dor lombar provocada por uma irritação/compressão do nervo ciático que causa dor nas costas aguda e profunda, com irradiação da dor para o glúteo, a parte posterior da coxa, a panturrilha ou a planta do pé.

Por que a dor aparece tanto nas costas quanto na perna?

O nervo ciático origina-se na parte baixa das costas, das últimas duas raízes espinhais L4-5 e das primeiras três raízes nervosas sacrais S1-2-3.

A união dessas 5 raízes nervosas dá origem ao nervo ciático que passa pelo glúteo, inferiormente ao músculo piriforme, e segue posteriormente ao longo da coxa, atrás do joelho, pela panturrilha e sob o pé.

Existem várias causas de compressão e irritação do nervo ciático na gravidez que analisamos mais detalhadamente no próximo parágrafo.

Na maioria dos casos, a ciática na gravidez causada por compressão nervosa é provocada por uma hérnia de disco que comprime o canal vertebral ou as raízes espinhais.

Neste caso, é preciso avaliar cuidadosamente a situação e entender se há sintomas associados de radiculopatia.

Os sintomas para entender se a ciática é causada por uma compressão nervosa são:

• dor lombar forte, aguda e incapacitante
• dor no glúteo ou irradiada para a perna posteriormente
• alterações da sensibilidade da perna, 
• formigamento ao longo do trajeto do nervo ciático, 
• choque ao longo da perna, 
• fraqueza ou perda de força muscular do membro inferior; 

Após o diagnóstico de ciática na gravidez causada por compressão nervosa, é importante resolver o mais rápido possível a fase aguda (geralmente dura 3-7 dias) para depois poder tratar a musculatura lombar, a do membro inferior e melhorar a postura do paciente que provocou uma sobrecarga lombar e consequente sofrimento discal/radicular.

Só assim é possível resolver a dor da ciática na gravidez e prevenir recaídas.

Depois de falar sobre a ciática na gravidez causada pela compressão do nervo ciático, falamos da ciática causada por contraturas musculares nas costas e na perna.

Felizmente, na maioria dos casos a ciática na gravidez (ou seja, a dor irradiada no glúteo, atrás da coxa, na panturrilha e no pé) não é causada por uma hérnia de disco ou por uma compressão nervosa, mas sim por ''simples'' (ainda que dolorosas) contraturas da musculatura do membro inferior e das costas.

A cadeia muscular posterior do corpo representa um grupo de músculos que trabalham em sinergia entre si e se influenciam mutuamente.

A cadeia muscular posterior origina-se da fáscia plantar, sobe pela panturrilha e pela parte posterior da coxa, no glúteo e continua ao longo de toda a musculatura paravertebral das costas (da lombar à cervical).

Quando uma pessoa, neste caso uma mulher grávida, apresenta dor lombar, as contraturas estarão tanto na musculatura lombar quanto provavelmente nas regiões corporais adjacentes (dorsal, glúteo, coxa, etc.).

Aqui está explicado o motivo pelo qual, mesmo na ausência de compressão do nervo ciático, a dor nas costas na gravidez pode se apresentar como ''ciática''.

Para tratar a dor nas costas e a ciática na gravidez, é necessário relaxar profundamente toda a musculatura das costas, mas também a do membro inferior, além de melhorar a mobilidade articular da coluna vertebral, do quadril, dos joelhos e dos tornozelos.

Este é o trabalho realizado pelo osteopata e por uma boa almofada de gravidez colocada entre as pernas e sob a barriga durante o sono noturno.

Antes de explicar em detalhes como resolver a dor nas costas na gravidez, quero antecipar que ela pode ser prevenida.

Sim, você entendeu bem.

Manter a musculatura dos membros inferiores livre, uma coluna relaxada e outras precauções fundamentais durante o sono e ao longo do dia podem ajudar a prevenir a dor nas costas na gravidez.

Procure um osteopata especializado no tratamento de mulheres grávidas que possa iniciar um acompanhamento desde os primeiros meses de gravidez, quando você não sente dor nas costas ou ela é leve.

Cuide-se durante a gravidez mantendo uma dieta saudável e equilibrada, rica em fibras e nutrientes para o desenvolvimento do seu bebê.

Isso permite que você não ganhe muito peso e nutra da melhor forma a saúde do seu bebê ainda na barriga.

Outro conselho é manter um estilo de vida ativo, não desistindo do exercício físico, mas simplesmente fazendo-o de forma inteligente e funcional.

Faça atividades físicas moderadas, sem risco de traumas articulares e que não exijam um esforço físico exagerado.

Mantenha-se em movimento, pois a atividade física regular mantém os músculos das costas em forma, melhorando seu tônus, estabilidade e mobilidade articular.

Atividades físicas recomendadas são uma simples caminhada, hidroginástica, yoga ou pilates na gravidez.

Yoga e pilates são atividades fantásticas porque combinam a respiração diafragmática com uma leve ativação muscular, alongamento e mobilização das principais articulações do corpo.

Essas disciplinas são perfeitas tanto para quem já as pratica quanto para quem nunca as fez.

Quanto à hidroginástica na gravidez, ela é uma atividade física perfeita porque permite que a gestante faça exercícios na água, ou seja, sem a força da gravidade que pesa sobre a coluna vertebral.

Durante a hidroginástica, a mãe melhora o tônus muscular e a flexibilidade sem sobrecarregar as costas e articulações; a hidroginástica é uma atividade perfeita que a mãe pode realizar até as últimas semanas de gravidez.

A seguir, sugiro outras dicas úteis para prevenir a dor nas costas na gravidez.

Primeiramente, use roupas confortáveis, que não comprimam a barriga e deixem ampla liberdade de movimento para as costas e pernas.

Use sapatos confortáveis, de salto baixo e bem amortecidos; estou falando de tênis ou sapatos esportivos.

Evite saltos altos ou sapatos com sola dura; eles sobrecarregam tornozelos, joelhos, quadris e costas; além de piorar o impacto nos discos articulares da coluna vertebral.

Se seu trabalho é sedentário, certifique-se de ter uma cadeira com ótimo suporte lombar; se a cadeira não tiver, use um travesseiro para colocar atrás da região lombar para mantê-la alinhada (não flexionada).

Tente não ficar sentada por muito tempo e, se conseguir, dê pelo menos 4 passos a cada 45-60 minutos de trabalho.

Ficar sentada por muito tempo cansa a musculatura lombar e favorece o surgimento de dor nas costas e cervical, além de cansar o sistema circulatório e piorar a drenagem dos membros inferiores.

Evite esforços bruscos e movimentos repentinos; se precisar se levantar da cama, gire para o lado e ajude-se com a mão para levantar as costas.

Evite levantar objetos pesados e, caso precise fazer isso, dobre os joelhos e os quadris para não sobrecarregar as costas.

Por fim, certifique-se de dormir em um colchão confortável, não muito duro; durma de lado (de preferência o esquerdo) e use um travesseiro de gravidez feito especialmente para suas necessidades.

O sono noturno representa um aspecto fundamental para uma gravidez saudável e para prevenir a dor nas costas; o travesseiro de gravidez é, portanto, um investimento muito importante para você, mas deve escolhê-lo bem.

Aqui você encontra como escolher o melhor travesseiro de gravidez.

Para tratar eficazmente a dor nas costas na gravidez e evitar que ela volte, é preciso fazer um diagnóstico correto e agir de acordo.

Como expliquei anteriormente, a dor nas costas na gravidez é frequentemente causada por contraturas musculares e rigidez articular da coluna vertebral e dos membros inferiores.

Por isso, recomendo fortemente que você consulte seu médico e entre em contato imediatamente com um osteopata especializado no tratamento de mulheres grávidas.

Esta sugestão é ainda mais válida na gravidez, porque quando você está grávida os medicamentos devem ser tomados no mínimo indispensável para não correr o risco de efeitos adversos no feto.

Nos casos em que, após consultar seu médico de confiança, a mãe receber a indicação de proceder com uma terapia analgésica, o paracetamol será a opção de primeira escolha.

Atenção: este medicamento representa o principal ponto de referência quando se fala de analgésicos na gravidez, tanto diante de uma sintomatologia dolorosa persistente quanto em caso de dor aguda.

Esclarecida a necessidade de limitar ao máximo os medicamentos na gravidez e, no máximo, usar o paracetamol para dor nas costas na gravidez como medicamento de primeira escolha, lembro a existência de medicamentos que, como se pode ler nas diretrizes oficiais da AIFA (Agência Italiana do Medicamento), são definidos como "de segunda escolha".

Trata-se do ácido acetilsalicílico, o princípio ativo da Aspirina, do ibuprofeno e da indometacina, princípio ativo pertencente aos AINEs (anti-inflamatórios não esteroides).

Sempre com base nas recomendações dos especialistas da AIFA, deveriam ser usados, se estiver grávida, por períodos curtos e com doses baixas.

São indicados nos casos em que se manifesta resistência à terapia analgésica com paracetamol. 

Deveriam ser evitados – a referência são sempre as diretrizes mencionadas acima – no terceiro trimestre de gestação.

Por quê? O motivo está relacionado aos seus potenciais efeitos negativos na circulação fetal.

A osteopatia na gravidez acompanha desde as primeiras semanas de vida o desenvolvimento postural da mãe gestante e a ajuda a prevenir ou resolver a dor nas costas na gravidez.

Graças a tratamentos manuais delicados e eficazes no sistema musculoesquelético, o osteopata acompanha a evolução do centro de gravidade e das curvas da coluna vertebral, relaxando a musculatura e melhorando a mobilidade articular das várias regiões do corpo.

Os tratamentos osteopáticos (massagens específicas e mobilizações articulares) oferecem inúmeros benefícios para a gestante; a massagem tem efeito relaxante, alivia a dor nas costas (e não só), estimula os tecidos, melhora a microcirculação e a drenagem linfática. 

Durante os tratamentos, o osteopata não avalia apenas a região lombar, mas realiza uma avaliação postural completa e aprofundada da postura do paciente.

O tratamento será direcionado, não apenas para resolver a dor nas costas, mas também para melhorar a postura que causou a sobrecarga lombar e a consequente lombalgia.

De fato, durante os tratamentos o osteopata avaliará e tratará também as pernas, as panturrilhas, os pés, toda a coluna, o abdômen, o diafragma e as principais articulações do corpo (tanto dos membros inferiores quanto da coluna vertebral).

Dessa forma, graças a tratamentos osteopáticos direcionados, é possível resolver eficazmente a dor nas costas na gravidez em 4-6 sessões osteopáticas e evitar que ela reapareça.

NB: a osteopatia é tanto um remédio quanto um método preventivo eficaz para as dores mais frequentes na gravidez: 

• dor nas costas, 
• ciática
• dor no glúteo,
•  dor sacroilíaca,
•  dor abdominal na parte inferior do ventre, 
• pubalgia, 
• cãibras nas pernas, 
• dor cervical 
• dor de cabeça na gravidez.

Aqui está explicado o motivo pelo qual é recomendável iniciar um tratamento osteopático, seja que você sofra de dor nas costas (ou outras dores), seja para preveni-la.

Você pode procurar um osteopata desde o início do segundo trimestre da gravidez ou até antes, se desejar.

Outro motivo para iniciar um tratamento osteopático na gravidez é que, ao tratar a pelve e a região pélvica, preparam-se os tecidos (músculos e articulações) da futura mãe para o parto, resolvendo possíveis áreas rígidas e contraídas que poderiam dificultá-lo.

Foi demonstrado que algumas complicações obstétricas que requerem episiotomia, uso de ventosa ou outros procedimentos obstétricos durante o trabalho de parto podem ser causadas por rigidez articular e tensões musculoesqueléticas presentes na pelve da mulher.

Por favor, escolha sempre um osteopata com experiência no tratamento de mulheres grávidas para uma primeira consulta de avaliação e para o tratamento.

Dormir bem durante a gravidez e ter um sono reparador é fundamental.

O sono é um processo regenerativo indispensável tanto para o corpo quanto para o cérebro.

Na gravidez, ainda mais, o sono assume uma importância crucial para a saúde da mãe e o bem-estar de suas costas.

No entanto, devido à grande mudança postural que a gestante enfrenta (sobrecarga muscular, barriga grande e drenagem reduzida dos membros inferiores), sabemos bem como muitas mulheres sofrem de dor nas costas e insônia.

Por isso, para prevenir e/ou resolver a dor nas costas na gravidez, é fortemente recomendada uma almofada de gravidez para colocar entre as pernas e deslizar sob a barriga.

1. A almofada entre as pernas tem a função de afastar as pernas, mantê-las alinhadas entre si e aliviar a tensão que se cria na pelve e nas costas (lombar).

2. a almofada para a barriga representa a outra metade da maçã para uma almofada de gravidez eficaz.

As linhas tridimensionais da almofada devem ser projetadas para se adaptar à barriga da mãe como uma luva delicada entre ela e o colchão.

Quando a barriga cresce, de fato, seu peso começa a ser sentido, tanto na posição em pé quanto na posição deitada de lado.

O motivo é simples, quando a mãe está deitada de lado, a força da gravidade e o peso do útero criam uma rotação da coluna vertebral dorsal e lombar, com consequente tensão na musculatura das costas.

Graças às linhas envolventes, a almofada Dr-Silva desliza delicadamente sob a barriga da mãe para sustentá-la da melhor forma durante seu crescimento, mês após mês.

Graças a um suporte sob medida, a almofada sustenta perfeitamente a barriga e evita que seu peso estique os tecidos abdominais, faça a coluna vertebral girar e crie tensão nas costas e no quadril.

A dor nas costas é um problema muito comum em mulheres grávidas que, na maioria dos casos, é causada por contraturas e rigidez da coluna lombar.

Neste caso, embora doloroso, não há motivo para preocupação com perigos iminentes à saúde do bebê ou da mãe.

Certamente, a dor nas costas é um sintoma importante que não deve ser subestimado e deve ser resolvido junto com seu médico e osteopata.

Quando você sofre de dor nas costas, sempre consulte seu médico ou ginecologista para garantir que não seja sintoma de problemas graves que mereçam atenção.

Vou dar alguns exemplos que ajudam você a entender quando se preocupar com a dor nas costas na gravidez.

Raramente, a dor forte nas costas nas primeiras semanas de gravidez pode ser um dos sintomas de aborto; no terceiro trimestre, a dor nas costas pode ser sintoma de trabalho de parto prematuro. 

É motivo de preocupação quando a dor nas costas na gravidez se apresenta como dor contínua, não relacionada a movimentos, muito profunda ou pulsante.

A dor nas costas na gravidez também pode ser sinal de uma infecção ou de outros problemas do trato urinário (problemas renais ou uma simples cistite). 

Se você sofre de dor nas costas, é sempre aconselhável contatar seu médico, especialmente se também tiver febre, sangramento ou outras perdas vaginais, contrações uterinas, dor ao urinar e a dor não passar mesmo em repouso deitada.

Recomendo, nunca subestime a dor nas costas na gravidez e cuide de si mesma.

Boa gravidez e até breve,

Dr. Silva