O choro atribuível às cólicas gasosas é muito doloroso e o bebê é difícil de acalmar.

O recém-nascido chora forte e por longos períodos durante a fase aguda das cólicas, mas nunca está completamente calmo e relaxado; mesmo quando não chora, pode resmungar e parecer incomodado.

O bebê pode chorar enquanto é amamentado no peito, logo depois ou até mesmo longe da mamada no seio materno.

Se alimentado artificialmente, o bebê pode se afastar frequentemente da mamadeira porque está com dor de barriga (ou de estômago), ou chorar após a mamada mesmo tendo bebido uma quantidade suficiente de leite.

Além disso, outro sintoma relacionado às cólicas gasosas é que o recém-nascido tem dificuldade para digerir, solta arrotos barulhentos e sofre de dor de barriga mesmo longe da mamada.

O bebê que sofre de cólicas pode apresentar alterações no trânsito gastro-intestinal, tais como disquezia, constipação, tem dificuldade para evacuar e fazer cocô, dificuldade para soltar gases, etc.

Outros bebês que sofrem de cólicas evacuam com muita frequência (talvez façam cocô após cada mamada - spoiler: nem sempre é correto) e a quantidade de fezes é pequena (mal sujam a fralda).

Quando o recém-nascido faz cocô após cada mamada mas suja apenas a fralda, muitas vezes é um sinal de que o intestino do bebê está inflamando e pode piorar (assim como quando um adulto sofre de diarreia, evacua frequentemente mas com poucas fezes).

Então, se a imaturidade intestinal não é a causa das cólicas, qual é a verdadeira?

As cólicas são consequência de um estado inflamatório intestinal. Isso foi descoberto graças a estudos científicos recentes de Tu Mai et al., “Infantile Colic, New Insights into an Old Problem” publicado na revista Gastroenterology Clinics of North America.

O que foi constatado?

Foi verificada a presença de calprotectina fecal em crianças amamentadas que apresentavam cólicas neonatais.

Isso indica um quadro inflamatório intestinal pois os valores eram iguais aos de crianças que apresentavam inflamações no intestino.

Essa descoberta me levou a trabalhar por 4 anos consecutivos para investigar as verdadeiras causas da inflamação intestinal e descobrir os remédios para prevenir e realmente tratar as cólicas gasosas do recém-nascido.

A pergunta que devemos fazer para resolver esse problema é a seguinte:

O que irrita e inflama o intestino do recém-nascido (mas também o nosso)?

A resposta é simples: tudo o que é mal digerido pelo bebê irrita e inflama o sistema gastro-intestinal do bebê (assim como acontece também no adulto).

Tudo o que é mal digerido pelo bebê provoca tanto refluxo quanto cólicas gasosas; por isso esses problemas frequentemente coexistem.

Isso não significa que o leite materno ou o leite artificial sejam alimentos errados para o bebê, mas significa que alguns parâmetros como a alimentação materna, o tipo de leite artificial e outros fatores imprescindíveis podem irritar o intestino do bebê e inflamá-lo, causando cólicas gasosas.

Se o recém-nascido é alimentado com leite artificial, será necessário fazer várias avaliações:

• Tipo de leite : todos os leites artificiais têm os mesmos valores nutricionais, mas alguns podem ser muito menos digestíveis que outros, causando cólicas e refluxo;
• Tipo de mamadeira;
• tipo de Bico e orifício do bico;
• Posição do bebê enquanto é alimentado com mamadeira;
• Ritmo da mamada com o qual o pai pode guiar o bebê enquanto é alimentado com mamadeira.

As cólicas gasosas do recém-nascido podem ser PREVENIDAS e TRATADAS EFICAZMENTE se os pais forem informados sobre os fatores que as causam e se realizarem tratamentos manuais no sistema gastrointestinal (massagens específicas, NÃO as do simples massagem infantil sol e lua).

Para realmente tratar as cólicas gasosas do recém-nascido, é preciso primeiro desinflamar o sistema gastrointestinal, eliminando os fatores que o irritam e inflamam.

Em seguida, são feitas massagens osteopáticas no abdômen do bebê para relaxar a musculatura lisa gastrointestinal, com o objetivo de restaurar a motilidade correta e o trânsito intestinal.

Os que listamos são apenas alguns parâmetros, mas é necessário conhecer todos os 7 fatores que irritam o sistema gastrointestinal e que resumi no videocurso ''''Prevenção e Tratamento de Cólicas e Refluxo do recém-nascido''''.

Um dos fatores a verificar é o fluxo e o ritmo da mamada.

De fato, é necessário que o recém-nascido tenha uma sucção ativa como a de um bebê amamentado no peito. Infelizmente, se o fluxo do leite for muito rápido, o bebê desenvolve uma sucção passiva, ou seja, sem envolver os músculos das bochechas e da mandíbula e sem realizar o movimento correto com a língua. Este último é indispensável para a deglutição e para o desenvolvimento do palato e da fala.

Como corrigir?

Bastará escolher um bico anticólica que não permita que o leite saia se a mamadeira for virada. Além disso, será necessário prever pausas durante a mamada para evitar que o recém-nascido ingira muito rapidamente uma grande quantidade de leite.

Antes de ver o parâmetro relacionado ao bico, vou falar sobre o que diz respeito ao posicionamento do recém-nascido durante a mamada.

Frequentemente o bebê é colocado completamente deitado ou levemente elevado, mas isso não ajuda a digerir bem o leite artificial.

O bebê deve ser mantido quase sentado e bem ereto e o pescoço e o tronco devem permanecer alinhados.

Eu te explico com um vídeo no meu curso “Prevenção e tratamento de cólicas e refluxo”

Agora vamos falar sobre mamadeiras e, em particular, sobre o bico anticolica.

Como você deve ter entendido, a mamadeira sozinha não pode melhorar a situação das cólicas porque é necessário que todos os 4 parâmetros sejam melhorados.

Os sistemas presentes nas mamadeiras anticolica podem ser de vários tipos, mas todos com o objetivo de retardar o fluxo: saco interno, válvula ou dupla válvula, base ventilada, chupeta ergonômica, etc.

O bico anticólica deve ter o menor furo disponível para garantir que o fluxo seja lento e controlado.

A forma a ser preferida é a fisiológica. De fato, esta é mais regular e arredondada que a anatômica e tem uma transição gradual do ápice para a base.

Ao contrário, o anatômico é estreito e alongado e muda abruptamente do ápice para a base.

Os materiais devem ser atóxicos, naturais e não conter polipropileno (portanto, devem ser sem BPA – bisfenol A). Assim, o silicone é perfeitamente adequado.

A mamadeira anticolica Mam não apresenta um bico com formato fisiológico; então, se você ainda não comprou essa mamadeira anticolica, recomendo escolher outras.

A mamadeira anticolica Suavinex possui um bico com ótima forma.

Também a mamadeira da Chicco Naturalfeeding possui um bico anticolica com formato perfeito; portanto, eu a recomendo.

A mamadeira anticolica Philips Avent possui um bico com formato correto; portanto, pode ser escolhida tranquilamente considerando melhorar todos os parâmetros que mencionamos acima.

A mamadeira anticolica Nuk possui um bico com formato incorreto; portanto, se você ainda não comprou essa mamadeira, recomendo escolher outra.

Estas foram minhas avaliações sobre algumas das bicos anticolica mais compradas pelos pais. Quero enfatizar que a mamadeira e o bico, sozinhos, não são a solução para as cólicas ou refluxo do recém-nascido. De fato, é necessário que todos os 4 parâmetros que vimos (leite artificial, fluxo e ritmo, posição e mamadeira) sejam melhorados.

Além disso, é importante conhecer todos os 7 fatores responsáveis pela inflamação intestinal para resolvê-los.

Você pode encontrá-los no meu videocurso que resume toda a minha experiência profissional que me levou a idealizar com sucesso minha abordagem inovadora para os problemas gastrointestinais do recém-nascido, como refluxo e cólicas gasosas.

Graças às precauções sugeridas e às massagens aplicadas (veja a osteo massagem na barriga, vídeo incluído no curso ''''cura das cólicas''''), todo pai pode prevenir ou tratar as cólicas gasosas do recém-nascido em 15/21 dias.