Todo mês trato centenas de recém-nascidos para curar com sucesso as cólicas gasosas do recém-nascido (leia mais de 260 avaliações verificadas no Google digitando Matteo Silva Osteopata ⭐⭐⭐⭐⭐).

Neste artigo, explico as verdadeiras causas das cólicas gasosas no recém-nascido alimentado artificialmente e como tratá-las.

Antes de começar, deixo algumas informações úteis:

1. Se desejar marcar uma consulta no consultório comigo, me encontra aqui.
2. Você também pode me encontrar no Instagram com o perfil @drsilva.com_official
3. Na seção videocursos você encontra como favorecer o desenvolvimento psicomotor do recém-nascido e muito mais.

Até poucos anos atrás, não conhecendo as verdadeiras causas das cólicas gasosas do lactente, esse problema era definido como uma síndrome comportamental.

O recém-nascido que sofria de cólicas apresentava sintomas típicos como choro, alterações do trânsito intestinal, dor de barriga e emissão de gases ou fezes.

Aqui está explicada a etimologia do termo ‘‘cólicas gasosas do recém-nascido’’:

• cólicas deriva do termo cólon, parte do intestino à qual se atribuía a causa do problema;
• o termo gasosas deriva do fato de que o bebê frequentemente solta ar durante os ataques de choro.

Infelizmente, na maioria dos casos, as cólicas são definidas como fisiológicas apenas porque seu bebê (felizmente) ganha peso, apesar de sofrer e chorar de forma intensa.

As cólicas gasosas são consideradas um problema normal causado por uma fatídica imaturidade do intestino (spoiler: FALSO!).

Seu bebê não está destinado a sofrer e vocês, pais, não estão condenados a noites sem dormir e choros inconsoláveis.

As cólicas gasosas do recém-nascido não são causadas pela imaturidade do intestino, mas por uma inflamação intestinal.

A comprovar isso sem sombra de dúvida está o recente estudo científico de 2018 “Infantile Colic, New Insights into an Old Problem” que foi publicado na revista Gastroenterology Clinics of North America.

O que foi constatado?

Foi constatada a presença de calprotectina fecal em crianças amamentadas no peito que apresentavam cólicas neonatais. 

Isso indica um quadro inflamatório intestinal pois os valores eram iguais aos de crianças que apresentavam inflamações no intestino.

Essa descoberta me levou a trabalhar por 4 anos consecutivos para investigar as verdadeiras causas da inflamação intestinal e descobrir os remédios para prevenir e realmente tratar as cólicas gasosas do recém-nascido.

A pergunta que devemos fazer é a seguinte:

O que irrita e inflama o intestino do recém-nascido (mas também o nosso)?

A resposta é simples: tudo o que é mal digerido pelo bebê irrita e inflama o sistema gastrointestinal do bebê (assim como acontece também no adulto).

Tudo o que é mal digerido pelo bebê provoca tanto refluxo quanto cólicas gasosas; por isso esses problemas frequentemente coexistem.

Isso não significa que o leite materno ou o leite artificial sejam alimentos errados para o bebê, mas significa que alguns parâmetros como a alimentação materna, o tipo de leite artificial, a mamadeira, o bico e outros fatores imprescindíveis podem irritar o intestino do bebê e inflamá-lo, causando cólicas gasosas.

O choro relacionado às cólicas gasosas é difícil de acalmar.

O recém-nascido tem choros fortes e prolongados durante a fase aguda das cólicas, mas nunca está completamente calmo e relaxado; mesmo quando não chora, pode resmungar e parecer incomodado.

Se alimentado artificialmente, a criança pode se afastar frequentemente da mamadeira porque está com dor de barriga (ou de estômago), ou chorar após a mamada, apesar de ter bebido uma quantidade suficiente de leite.

Além disso, outro sintoma relacionado às cólicas gasosas é o fato de que o recém-nascido dificuldade a digerir, faz alguns arrotos barulhentos e sofre de dor de barriga mesmo longe da mamada.

A criança que sofre de cólicas alimentada artificialmente pode apresentar alterações no trânsito gastro-intestinal, tais como disquezia, constipação, tem dificuldade para evacuar e fazer cocô, dificuldade para soltar gases, etc.

Outros bebês que sofrem de cólicas evacuam com muita frequência (talvez façam cocô após cada mamada - spoiler: nem sempre é correto) e a quantidade de fezes é pequena (suja pouco a fralda).

Resumimos os sintomas para entender se o recém-nascido alimentado artificialmente sofre de cólicas gasosas:

• o recém-nascido chora frequentemente durante o dia, com choros fortes e frequentemente inconsoláveis;
• O recém-nascido não se acalma no peito ou com a mamadeira;
• a criança chora mesmo que tenha acabado de se alimentar o suficiente;
• o recém-nascido está incomodado durante todo o dia, com episódios agudos de choro e dores;
• o bebê chora até conseguir soltar gases ou faz cocô; só então se acalma;
• O bebê chora e quer mamar com frequência ou parece estar constantemente com fome e quer a mamadeira, esperando se acalmar (mas depois começa a chorar novamente);
• o bebê chora mesmo quando está sendo amamentado no seio e se afasta frequentemente do seio;
• o recém-nascido frequentemente se afasta da mamadeira e/ou recusa o leite artificial;
• O bebê também sofre de refluxo gastroesofágico (regurgitações e dificuldade digestiva);
• o bebê fica melhor quando a barriga é massageada e ele solta gases;
• o bebê dorme só no peito e no colo;
• o bebê dificuldade para dormir de barriga para cima (puxa a barriga e estica as pernas);
• o abdômen do recém-nascido está tenso e inchado, a barriga dura e dolorida;
• estão presentes alterações no trânsito intestinal: o recém-nascido tem dificuldade para evacuar, disquezia, o recém-nascido não evacua sozinho ou evacua menos de uma vez ao dia, constipação, etc.
• a criança puxa frequentemente as pernas e as estica, associando uma barriga dura e choro forte.

Como dito anteriormente, as cólicas gasosas do recém-nascido não são causadas pela imaturidade do intestino, mas por uma inflamação intestinal.

Quanto ao recém-nascido que bebe leite artificial, precisamos entrar em mais detalhes.

As causas das cólicas no recém-nascido que bebe leite artificial são:

1. tipo/marca de leite artificial fórmula 1 ou leite anticolica
2. tipo de mamadeira
3. tipo de bico da mamadeira
4. posição do recém-nascido durante a amamentação com mamadeira
5. ritmo da mamada no mamadeira
6. vitaminas ingeridas pelo recém-nascido
7. microbiota do recém-nascido

Vamos analisá-los mais especificamente.

O leite artificial, anticolica ou não, deriva do leite de vaca (dificilmente digerível pelo ser humano) que é profundamente modificado para ser adequado às necessidades nutricionais humanas.

O que ninguém te diz é que todos os leites artificiais e leites anticolica têm os mesmos valores nutricionais estabelecidos por lei, no entanto cada leite artificial tem uma digestibilidade completamente diferente um do outro.

Com base na minha experiência com milhares de recém-nascidos, posso dizer que existem leites que a maioria dos recém-nascidos digere bem e outros que a maioria dos recém-nascidos NÃO digere bem (causando cólicas e refluxo).

Existem dezenas de marcas e tipos de leite artificial e leite anticolica, é fundamental saber qual é, estatisticamente, o melhor leite anticolica para recém-nascido.

O leite artificial fórmula 1 ou o leite anticolica é o único alimento que entra em contato com as paredes gástricas e intestinais, portanto representa um fator imprescindível para tratar eficazmente as cólicas gasosas no recém-nascido alimentado artificialmente.

“Não se preocupe, o bebê se autorregula com a mamadeira e para de beber quando está satisfeito... se o bebê chora, aumente a dose de leite até sobrar um pouco na mamadeira”

Quem aqui nunca ouviu essa frase ou algo parecido?

Acho que 90% das mães que amamentam com mamadeira já ouviram isso.

Infelizmente, tenho que dizer que é falso e perigoso.

O bebê alimentado no peito deve sugar ativamente para beber o leite materno.

Ou suga ativamente, ou o leite materno não sai ou sai minimamente.

O bebê alimentado no peito deve ativar fortemente toda a musculatura da boca, da mandíbula e da língua para beber o leite.

Ao contrário, a amamentação com mamadeira requer uma sucção menos vigorosa por parte do bebê.

Em outras palavras, para o bebê alimentado com mamadeira basta sugar delicadamente para fazer o leite sair da mamadeira.

Isso implica um grande risco: que se o pai ou mãe não for orientado sobre como desacelerar o fluxo de leite e impor um ritmo correto da mamada, o recém-nascido alimentado com mamadeira corre o risco de beber o dobre do leite, em metade do tempo.

A consequência é que o bebê não saiba se regular na quantidade de leite ingerida, que beba muito rápido e que engula muito ar durante a mamada.

Como vimos no capítulo anterior, a sucção do recém-nascido alimentado artificialmente deve ser lenta e controlada.

É por isso que é fundamental saber escolher uma mamadeira anticolica que desacelere o fluxo de leite e permita que o recém-nascido não se empanturre nem engula ar durante a amamentação.

Em geral, o conselho que dou aos pais para avaliar se o bico e seu furo estão adequados é o seguinte: se você virar a mamadeira com leite, não deve sair nem uma gota.

A mamadeira deve ter um sistema que retenha o ar e limite o fluxo.

Vamos falar mais detalhadamente sobre mamadeiras, bicos e todos os outros parâmetros que causam cólicas no bebê alimentado artificialmente no videocurso ''''prevenção e tratamento das cólicas''''.

Outro parâmetro fundamental a verificar e melhorar para resolver as cólicas no bebê que bebe leite artificial é a posição assumida pela criança enquanto se alimenta.

Infelizmente, na maioria dos casos o bebê é colocado em posição quase deitado ou com as costas curvadas. Isso tornará a digestão mais difícil.

O pequeno deve ser mantido quase sentado (ligeiramente inclinado), com as costas retas, pescoço e tronco alinhados e olhando para frente.

Você pode assistir a um vídeo completo de como posicionar melhor seu bebê no meu videocurso “Prevenção e Tratamento de Cólicas e Refluxo”.

Depois de chegar até aqui na leitura, você terá entendido como realmente tratar as cólicas gasosas do bebê que bebe leite artificial ou leite anticolica.

As cólicas gasosas do bebê NÃO são normais e podem ser resolvidas.

Para isso, é preciso conhecer todos os fatores que irritam o sistema gastrointestinal do bebê que bebe leite artificial ou anticolica, só depois realizar massagens específicas na barriga do bebê (osteo-massage no bebê).

O osteo-massage no bebê é uma massagem na barriga do bebê para relaxar a musculatura lisa intestinal que estava inflamada, restaurando um trânsito regular e uma absorção correta.

Se os pais aplicarem todas as precauções sugeridas e as massagens na barriga (veja o osteo massage na barriga, vídeo incluído no curso ''''cura das cólicas''''), todo pai pode prevenir ou tratar as cólicas gasosas do bebê em 15/21 dias.

Vou te dar um exemplo concreto para te ajudar a entender como tratar as cólicas no bebê que toma fórmula infantil 1 ou leite anticolica.

Se o bebê toma um leite pouco digerível, é necessário escolher um tipo de leite anticolica que seja facilmente digerível.

É preciso ensinar os pais como posicionar o bebê alimentado com mamadeira.

É necessário escolher uma mamadeira anticolica correta e um bico funcional.

É preciso avaliar se o bebê está tomando outras vitaminas que não digere e como está o microbiota da criança.

Por fim, é necessário realizar o osteo-massagem na barriga do bebê 1-2 vezes ao dia por 15-21 dias (depois você também pode continuar fazendo).

NB: o intestino leva 5-7 dias para desinflamar, após os quais as massagens começam a ser cada vez mais eficazes.

Aqui está o motivo pelo qual a verdadeira eficácia máxima é vista após 15-21 dias.